terça-feira, 9 de março de 2010

Ainda em...Sobral.



O Arco de Nossa Senhora de Fátima



Situado no Boulevard Pedro II, hoje Av. Dr. Guarany, o Arco de Nossa Senhora de Fátima (ou Arco do Triunfo, como é conhecido) é um dos monumentos que mais caracterizam a cidade. No local, existia o Cruzeiro ou Cruz das Almas, erguido por iniciativa do missionário Frei Vidal da Penha, como símbolo de fé, na sua passagem por Sobral, no final do século XVIII.

Frei Vidal de Fraccardo veio do Convento da Penha, de Recife, para Sobral em 1797, para pregar Missões, tendo incentivado os fiéis a construir a Igreja de Nossa Senhora das Dores. A Cruz das Almas foi demolida em 1929 pelo Prefeito José Jácome de Oliveira. Por iniciativa de Dom José, o Arco de Nossa Senhora de Fátima foi construído em 1953, na administração do Prefeito Antônio Frota como marco da visita da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima a Sobral.

Projetado por Falb Rangel, o Arco de Nossa Senhora de Fátima foi executado por Francisco Frutuoso do Vale, que também foi o autor da imagem de Nossa Senhora que fica sobre o Arco. Ele possui a seguinte inscrição, em latim: "Ave Gratia Plena".



A Igreja da Sé



A primeira edificação para a Matriz de Nossa Senhora da Conceição começou a ser construída em 1746, tendo por responsável o Pe. Antônio de Carvalho e Albuquerque, e por provisão de Dom Frei Luis de Santa Teresa, bispo de Olinda. Não consta quando foram concluídos os serviços de construção, nem quando a igreja foi benta, que segundo o costume do tempo, tinha uma única porta na frente com duas pequenas janelas em cima, correspondentes ao coro, sem torres com o pavimento de barro batido e com única sacristia do lado do nascente.

Certamente grandes deviam ser os defeitos de construção da pobre Matriz de Caiçara, pois quatrorze anos depois já ameaçava ruína. O Visitador Dr. Veríssimo Rodrigues Rangel chamava a atenção dos fiéis para a iminente ruína da sua Matriz através de uma carta no dia 20 de agosto de 1760, na qual determinava que a igreja fosse rebocada por cal e areia por dentro e por fora, e do mesmo modo se pavimente toda de tijolo.

Apesar de todas estas advertências e medidas tomadas para manter a segurança da obra, não se pode evitar a ruína prevista; tanto que o Pe. João Ribeiro Pessoa, sucessor do Pe. Albuquerque, ao tomar posse em 1762, resolveu demolir a capela-mor para reconstruí-la com maior solidez, o que realizou pouco tempo depois, mas não no mesmo local.

No dia 5 de novembro de 1778 foi benta e lançada a primeira pedra da nova igreja Matriz de N. S. da Conceição da Vila de Sobral pelo Pe. João Ribeiro Pessoa. A igreja devia ser edificada em forma de cruz latina. Confirma essa afirmação o fato de ser o teto da igreja antes da reforma de 1876 dividido em quatro partes, como se realmente fosse destinado a cobrir uma área em forma de cruz.

Somente no dia 1 de fevereiro de 1781 pôde ser benta a capela-mor da nova Matriz de Nossa Senhora da Conceição. As torres começaram a ser levantadas em 1836 e só ficaram terminadas em 1849 a do nascente e em 1851 a do poente. Atingidas mais de uma vez por faíscas elétricas, foram restauradas posteriormente. O patamar foi feito em 1838. O relógio foi comprado em Paris em 1870 e colocado na torre do poente no ano seguinte. O sino grande foi refundido em Pernambuco em 1853 e é um dos mais sonoros que se conhecem. A igreja da Sé, como é conhecida em Sobral, possui um bonito presépio ao lado do altar principal, com dimensões naturais, que foi encomendado de Paris em 1912.

Aproveitando o ensejo das festas comemorativas do primeiro centenário da elevação da Vila de Sobral à categoria de cidade (12 de janeiro de 1842), no dia 17 de maio de 1938 começaram os trabalhos de reforma da igreja, os quais só foram ser encerados no dia 22 de maio de 1941.

Atualmente, a pequena praça em frente a igreja foi remodelada e ficou mais arborizada e bonita.

A festa de N. S. da Conceição, padroeira de Sobral, é comemorada no dia 8 de dezembro.


O Museu Dom José

Fundado por Dom José Tupinambá da Frota, entre 1928 e 1959, objetivava mostrar a história da luz em Sobral, o Museu Dom José é composto de 32 setores específicos, entre salas, recepção, diretoria, corredores e pátios, destacando-se duas seções: a de arte sacra com imagens dos séculos XVII, XVIII e XIX de barro cozido, marfim, madeira, pedra sabão; e a cerâmica, a mais copiosa, com louça inglesa, chinesa, francesa, holandesa, austríaca e brasileira, constando um total de 23.527 peças, destacando-se notadamente, as pratarias, vasos em porcelena, lustres de cristais exuberantes e objetos da Arte Sacra.

Considerado um dos maiores do país em Arte Sacra e Decorativa, o Museu Dom José Tupinambá da Frota tornou-se ponto de atração turística em Sobral pelo grande valor de suas coleções que atingem cerca de 5.000 peças, além de 19.000 moedas.Há ainda fósseis de animais pré-históricos incorporados ao acervo do museu.


Teatro São João

Em maio de 1875, a União Sobralense solicitou à Câmara Municipal de Sobral licença para a construção do Teatro São João, com planta de João José da Veiga Braga, seguindo o estilo do teatro tradicional com dois níveis superiores de camarotes, piso em madeira e cadeiras revestidas em couro, matéria-prima característica da região.

O Teatro São João teve sua pedra fundamental lançada no dia 3 de novembro de 1875, com um discurso do Dr. Domingos Olímpio Braga Cavalcante, orador oficial do evento, então Procurador da Câmara Municipal de Vereadores de Sobral.

O Teatro foi inaugurado no dia 26 de setembro de 1880, com uma precedência de 25 anos sobre o primeiro teatro construído em Fortaleza. Tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual, através do Decreto nº 16237, de 30/11/1983, é o espaço utilizado para a representação das mais diversas manifestações artísticas e culturais existentes no Município.

A Praça do Teatro São João, hoje Dr. Antônio Ibiapina, é um dos mais importantes espaços culturais de Sobral, por abrigar o Teatro, o Museu Dom José, a Igreja Menino Deus e a Casa da Cultura, no Casarão da família Paula Pessoa Figueiredo.

O Cristo Redentor

O lançamento e benção da primeira pedra do monumento do Cristo Redentor de Sobral foi no dia 18 de setembro de 1938 no alto do morro do Cruzeiro das Missões, com uma missa celebrada pelo Mons. Vicente Martins da Costa, pároco da paróquia de N. S. do Patrocínio àquela época.

O monumento, que tem cerca de oito metros de altura, possui a seguinte inscrição - em latim - na sua base:

CHRISTUS

VINCIT

CHRISTUS

REGNAT

CHRISTUS

IMPERAT

Foi erguido no topo de um morro que é atualmente conhecido como "Alto do Cristo", tendo a seus pés a velha Estação Ferroviária de Sobral. Do local onde se encontra o momumento, se tem uma ótima visão da cidade de Sobral.

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